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2º dia do Enem teve dificuldade média e prova de matemática ‘cansativa’, avaliam professores

‘A prova de matemática tinha gráficos e textos que, só de olhar, já davam um cansaço no candidato’, avalia Gabriela Maretti, do Descomplica.

ENEM 2023 DOMINGO (12) - Ribeirão Preto (SP): Caderno de questões do segundo dia de prova — Foto: Érico Andrade/g1

O segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 não teve muitas polêmicas, de acordo com professores ouvidos pelo g1. Em geral, a prova foi considerada de média complexidade.

A prova do segundo dia teve um nível de dificuldade médio, tanto em ciência da natureza, como em matemática, e tivemos vários tópicos que geralmente são clássicos nas áreas do conhecimento que não apareceram dessa vez.
— Diogo D’Ippolito, professor do Colégio e Sistema pH.

Apesar de trazer uma questão sobre pesticidas e reviver a polêmica do primeiro dia de provas (que levou a bancada do agro a pedir a anulação de três questões), professores avaliam que o item deste domingo (12) dificilmente poderá ser considerado “de cunho ideológico”.

Estudando os pesticidas, conseguimos analisar as perturbações ambientais. Não é uma crítica ao agronegócio, pois estamos mostrando aos alunos que é preciso analisar essas moléculas, o destino dos poluentes, prever os efeitos nos sistemas naturais produtivos e até mesmo sociais. O que, querendo ou não, é a área de ciências da natureza, que abrange a parte de Química.
— Lucas Vairolette, professor de ciências da natureza do Cursinho da Poli.

Já uma outra questão sobre a gripe A-H1N1 será anulada, de acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana. Essa é uma das duas questões repetidas que apareceram no exame neste segundo dia.

Confira abaixo o que outros professores que avaliaram a prova disseram sobre suas disciplinas:

Matemática

Para Wander Azanha, diretor do Curso Pré-Vestibular da Oficina do Estudante, as questões de matemática foram cansativas. “Os textos foram longos, bem trabalhosos, assim como os cálculos. É difícil tirar dados de um texto grande para transformar esses dados em algo palpável, para se resolver a questão”, explica.

Opinião compartilhada por Gabriela Maretti, do Descomplica. “A prova de matemática estava muito cansativa, com gráficos e textos que, só de olhar, já davam um cansaço no candidato. Mas nada que tenha fugido do padrão: foram questões bem conteudistas”, diz Gabriela.

Já Daniel Ferretto, fundador da Plataforma Professor Ferretto, acredita que a prova manteve o estilo cobrado nos anos anteriores e trouxe questões clássicas e conteudistas familiares aos alunos. Na avaliação do professor, a prova estava “bem acessível e com uma dificuldade, no geral, menor do que nos anos anteriores”.

“A prova manteve o estilo cobrado nos anos anteriores, mas com grande número de questões interpretativas que envolviam gráficos e tabelas. Uma prova bem acessível que não deve ter gerado estranheza por parte dos candidatos. Mas tinham, também, questões clássicas e conteudistas sempre abordadas em aulas”, afirma Daniel.

Marcelo Guará, do Curso e Colégio Objetivo, avalia que a prova foi positiva. “No geral, foi uma prova muito boa, muito bem balanceada e cobrou todos os temas previstos no ensino médio. E, principalmente, não houve itens com problemas, questões dúbias, que possa deixar o aluno com dúvida, atrapalhar a prova, inclusive”, diz Guará.

Física

As questões de Física no Enem 2023 foram bem contextualizadas, segundo Sérgio Paganim, diretor do Curso Anglo.

“Em edições anteriores, os textos de base podiam até ser, de alguma forma, desconsiderados. Nesse ano eles são essenciais. Isso significa que é uma prova abrangente, que exige do candidato saber ler gráfico, interpretar figura, aliar os conteúdos aos contextos apresentados pela banca”, avalia.

Leo Meirelle, professor do Curso Enem Gratuito, diz que não houve novidade no conteúdo cobrado. “Foram os mesmos temas que vêm sendo cobrado todos os anos. A prova se mantém muito próximo do que vem acontecendo, mas, no geral, foi mais fácil do que no ano passado”, diz.

Química

Walcyr Sant’Anna, professor de Química do Curso e Colégio Oficina do Estudante, acredita que o aluno bem-preparado vai ter um bom desempenho na prova da disciplina no Enem.

Segundo Edmilson Motta, coordenador do Colégio Etapa, as questões de Química não trouxeram muitas novidades. Ele viu como destaque da prova os temas tratamento de resíduos e química orgânica.

Já para Michel Arthaud, professor de química e diretor da Plataforma Professor Ferretto, o nível de dificuldade das questões desta área do conhecimento foi médio.

“A prova de Ciências da Natureza, nas questões de Química, manteve a diversidade de temas e o grau de dificuldade das questões, que em sua maioria, apresentam nível médio. Abordou temas muito comuns em outras edições como meio ambiente, orgânica, estequiometria e soluções”, diz Arthaud.

Biologia

As questões de Biologia fugiram um pouco do padrão do Enem, mas tiveram um nível mais alto do que nos anos anteriores, de acordo com Flavio Landim, professor da disciplina da Plataforma Professor Ferretto.

“Ecologia, que era o principal tópico das últimas edições, apareceu em menos questões e não foi cobrada fisiologia humana”, explica.

Já Sérgio Paganim, do Anglo, achou que a prova foi bem distribuída em termos de conteúdo, mas mais fácil em relação à edição de 2022.

“Continuam a prova conteudista, mas os conteúdos são cobrados sem grandes voltas. Os contextos aqui levam direto a resposta. E é exatamente por isso que algumas questões dependiam bastante da leitura e do entendimento de texto para chegar ao resultado”, conclui.

Para Flavio Landim, professor de biologia da Plataforma Professor Ferretto, as questões de biologia tiveram nível de médio para alto. “Talvez mais alto que nos anos anteriores”, afirma.

“A prova foi bem conteudista, com apenas poucas questões que pudessem ser resolvidas apenas com interpretação de texto. Além disso, a cobra teve pouca diversidade de assuntos, havendo 3 questões e ecologia, 3 questões de botânica, 2 questões sobre divisão celular e 2 sobre reprodução humana”, afirma Landim.

Fonte: G1

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