O novo coronavírus se diferencia de uma gripe comum, apesar de os sintomas serem parecidos, porque ataca as vias respiratórias inferiores como traqueia, brônquios e pulmões. O médico pneumologista José Eduardo Afonso Júnior, do Hospital Israelita Albert Einstein, explicou, em entrevista a BandNews FM, nesta segunda-feira, 23, que se trata muito mais de um quadro de pneumonia viral do que de uma gripe causada pelo vírus Influenza.

O médico contou que a tosse é predominante entre os pacientes e muitos também sentem falta de ar, além de febre, fadiga e dor no corpo. A grande maioria se recupera plenamente, mas dependendo da gravidade dessa pneumonia, o vírus pode deixar sequelas no pulmão.

O porcentual de comprometimento da capacidade respiratória será definido pelo quanto o vírus atacou os pulmões. Uma pessoa que foi fumante por muitos anos, por exemplo, certamente terá sequelas.

Já para aqueles que não tem nenhum sintoma, apesar de estarem com a Covid-19, não há risco de problemas futuros por esse motivo, de acordo com o médico. Segundo o pneumologista do Hospital Israelita Albert Einstein, a virada crítica da doença é de 7 a 10 dias depois dos primeiros sintomas, com a chegada da falta de ar e da febre alta.

Nesse momento é necessário colocar o paciente para respirar com a ajuda de aparelhos, mas depois que os pulmões são afetados, o quadro se agrava muito rapidamente.

O Dr. José Eduardo Afonso Júnior conta ainda que quando surgiram os primeiros casos da doença, o Hospital Albert Einstein conseguia receber os resultados dos testes em 24 horas. Mas, agora, os laboratórios estão lotados e a espera pode ser de 7 dias.