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Como os chinelos com meia saíram de casa e tomaram as ruas nos pés da geração Z?

Item antigo retorna no figurino dos novinhos que buscam conforto e aparece nos pés de famosos como Marcos Mion e Justin Bieber. Estilista explica por que visual vai ser cada vez mais visto.

Aqueles chinelos de borracha com uma tira mais grossa que atravessa o pé, os slides ou sliders, usados com meias, não chegam a ser novidade na vida das pessoas. Dupla controversa, até uns anos atrás, não saía de casa e não entrava na criação de looks. Não entravam, no passado.

O cenário tem mudado e o duo tem ganhado as ruas nos pés da geração Z, que aposta no conforto acima de tudo.

“O chinelo com meia é a história de ‘amam ou odeiam’, sem meio termo. O próprio slider já despertava esse sentimento”, diz a stylist Drica Cruz. “Eu vejo como uma tendência de comportamento da geração Z, de posicionamento, e rebote da pandemia.”

A profissional conversou com o g1 para explicar por que podemos ver mais do conjunto chinelo-com-meia nas ruas.

  • Pandemia
  • Geração Z
  • Dos vestiários para as celebridades

Pandemia

Para Drica, os chinelos com meias, assim como a moda dos moletons, são um rebote ainda da pandemia. “O que aconteceu é que as roupas confortáveis, de ficar em casa, foram para as ruas”, diz. “As grandes redes de departamento voltaram a moda para isso: shapes largos, confortáveis, nada que prenda as pessoas ou marque muito o corpo.”

Os chinelos com meias entram no balaio. “Sempre foi um combo polêmico, de usar em casa. Mas com a pandemia, passou a ser um item de moda mesmo, porque era o que a gente vestia”, diz Anderson Moraes, vitrinista e visual merchandiser, que trabalha com moda há 16 anos.
“Foi desmistificando e depois da pandemia, as pessoas passaram a ter um olhar mais aberto, e que a gente poderia sim sair com o chinelo para ficar mais confortável e ter um look legal”, diz.
“Ele vem para a rua com mais força e, claro, recebe uma releitura das marcas, ele vem mais robusto, com solados maiores. Deixa de ser o slidezinho e vem com uma proposta mais robusta.”

Geração Z

A controversa composição, no entanto, não deve agradar todo mundo, segundo Drica. “É uma tendência sim bem marcante da geração Z. Dificilmente deve ser aderida pela turma dos millennials, dos 40 ou 50 anos”, diz.

“É um pouco de mostrar ‘não estou nem aí e quero mostrar que não estou nem aí’. É muito mais ligada ao comportamento, a um posicionamento de uma geração”, opina Drica.

Moraes já acredita que a tendência tem potencial para quebrar a barreira da geração e dos fashionistas. “Num futuro bem próximo, vai acabar sendo normalizado”, prevê Moares.

“É uma ruptura que está acontecendo, eu vejo uma galera mais descolada usando, mas já tem mais pessoas consumindo como item de moda e composição de look. Logo vai atingir a massa porque vai estar no TikTok e no Instagram.”

Dos vestiários para as celebridades

Este estilo de chinelo ganhou mercado lá nos anos 1970, quando jogadores de futebol da Alemanha pediram para Adi Dassler, o fundador da Adidas, um calçado prático para usarem nos vestiários. Foram apresentados os Adilettes, o mais tradicional, preto ou azul, com listras brancas.

Outras marcas esportivas também apostaram no modelo, que se tornou item para ficar em casa, ir à piscina, à praia, ou para ser usado pelos pais de gosto duvidoso.

Drica explica que não tem lá muitos segredos para apostar na composição. “É democrático, né? Vai depender muito se a pessoa quer chamar mais ou menos atenção”, diz Drica. “Dá para apostar no mix de estampas e cores. As meninas podem usar com vestido e meião.”

Vale lembrar que são composições mais despojadas, usadas com bermudas, moletons, shorts, jeans e leggings, para visuais que vão do esportista às tardes de verão. “É muito da leitura da pessoa sobre o ambiente que vai. Se tem uma festa de tarde, é um lugar mais neutro, pode ser legal”, contextualiza Moraes. “É democrático, agênero e confortável, o meio do caminho de tudo”, resume Drica.

Fonte: G1

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