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Como prever que órgão do corpo vai falhar primeiro

Estudo da Universidade Stanford analisa proteínas no sangue que apontam o risco para doenças.

O ritmo de envelhecimento das diferentes partes do nosso corpo varia: é como se tivéssemos diversas idades dentro de nós. Um novo estudo da Universidade Stanford, divulgado ontem, deu um passo além. Com base nos dados de 5.678 pessoas, foi possível avaliar o risco de doenças e morte quando a idade de um órgão está especialmente avançada – os cientistas compararam indivíduos da mesma faixa etária.

Estudo mostra que um em cada cinco adultos acima dos 50 anos tem pelo menos um órgão envelhecendo de forma acelerada — Foto: Fernandozhiminaicela para Pixabay

De acordo com o estudo, um em cada cinco adultos, acima dos 50 anos e razoavelmente saudáveis, tem dentro de si pelo menos um órgão que está envelhecendo de forma acelerada.

A boa notícia é que, antes de os sintomas se manifestarem, um simples exame de sangue pode indicar o que está avariado, possibilitando uma intervenção terapêutica. Os pesquisadores conseguiram mapear a idade biológica de 11 órgãos, sistemas e tecidos: coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas, cérebro, intestinos, sistemas adiposo, imunológico, muscular e vascular.

Ainda que assintomático, quem apresentava um envelhecimento cardíaco acelerado tinha 2.5 vezes mais risco de problemas no coração; crescia em 1.8% a chance de cérebros “velhos” sofrerem com declínio cognitivo nos cinco anos seguintes.

Os pesquisadores começaram checando os níveis de quase 5 mil proteínas no sangue de pessoas saudáveis entre 20 e 90 anos, com ênfase nas que estavam no fim da meia-idade. Marcaram todas as proteínas cujos genes eram fortemente ativados em um determinado órgão e chegaram a uma lista de 858 que poderiam ser indicadores seguros para o envelhecimento. Tony Wyss-Coray, professor de neurologia da universidade e autor sênior do trabalho, publicado ontem na revista científica “Nature”, enfatizou a importância de o exame ser capaz de distinguir a idade cronológica, que é a da certidão de nascimento, da biológica, isto é, das células do organismo:

“Quando comparamos a idade biológica dos órgãos de uma pessoa com a de outras na sua faixa etária, descobrimos que 18.4% dos indivíduos com 50 anos ou mais tinham pelo menos um órgão envelhecendo significativamente. As chances de adoecerem nos 15 anos seguintes cresciam bastante”.

Fonte: G1

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