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Você decide correr e começa a ouvir que a corrida vai estragar seu joelho, que o peito e o bumbum vão cair ou até mesmo que a corrida envelhece. O g1 conversou com dois especialistas para esclarecer o que é verdade e o que é mentira sobre o esporte.
Não necessariamente. Se a pessoa pratica o exercício de forma adequada, conciliando com fortalecimento muscular, boa alimentação e período de descanso, as chances de desgastar o joelho, por exemplo, diminuem.
Roberto Ranzini, ortopedista e membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), diz que a corrida pode até promover uma proteção das articulações dos joelhos.
Sobre a coluna, João Paulo Bergamaschi, ortopedista especialista em coluna vertebral, explica que, por muito tempo, se imaginava que a corrida era prejudicial. No entanto, estudos já demonstraram que é o inverso.
🚨 É sempre bom lembrar que você precisa consultar um profissional antes começar a correr, principalmente se tiver algum diagnóstico prévio.
Mito. Sabemos que toda atividade física realizada de forma completa e adequada, inclusive a corrida, retarda o processo de envelhecimento. Já o envelhecimento da pele pode estar relacionado a outras questões, como a exposição ao sol sem proteção durante a corrida na rua. O uso de protetor solar, inclusive, é essencial em todas as situações.
Ranzini explica que não é bem assim. “Depende de vários fatores e do tipo físico de cada mulher. As mulheres que têm mamas e/ou os glúteos volumosos devem priorizar o uso de roupas adequadas e que promovam uma melhor sustentação destas estruturas. E, acima de tudo, complementar a corrida com exercícios de fortalecimento muscular. A corrida por si só produz benefícios à saúde da mulher que a pratica com regularidade e orientação“.
Tudo depende do objetivo e da condição física do indivíduo.
“Se considerarmos a melhora mais expressiva da condição cardiorrespiratória, do fortalecimento muscular, da diminuição de massa gorda e produção de neurotransmissores que promovem sensação de bem-estar, a corrida é melhor”, diz Ranzini.
Caso a pessoa tenha alguma limitação que a impeça de correr, a caminhada é sempre bem-vinda. O que importa é se mexer e praticar alguma atividade física.
“Se a pessoa não tolera a corrida, ela deve fazer a caminhada. A questão do que é melhor deve ser individualizada”, completa Bergamaschi.
Se você gosta de filmes de ação, deve lembrar das imagens do Rocky Balboa correndo com moletom. Mas suar mais não significa que você queimou gordura. Ou seja, correr agasalhado não ajuda a emagrecer.
“Você produz um aumento da temperatura corpórea, consequentemente, aumenta a sudorese e a perda de água e sais minerais através do suor. O gasto calórico é o mesmo“, alerta Ranzini.
Não. Nenhuma dor é normal, ela é uma defesa do nosso corpo que avisa que algo está errado. Existe aquela “dor do exercício”, mas que passa rápido. É muito importante ouvir o nosso corpo e organismo. Se você sentiu dor, pare imediatamente a atividade e procure ajuda de um profissional.
Não! É muito importante conciliar a corrida com um treinamento de força, como musculação, pilates ou funcional.
“O treinamento de força vai fazer com que o músculo tenha maior eficiência no recrutamento, vai adaptar o tendão, você vai ter uma resposta mais rápida da musculatura e dos tendões”, explica Everton Crivoi do Carmo, doutor em Ciências do Esporte pela USP, responsável pela Equipe de Preparação Física no Espaço Einstein Esporte e Reabilitação e proprietário da CRV Sport Science.
Fazer a corrida sem treinar força aumenta as chances de lesões. É preciso estruturar e fortalecer o seu corpo (e músculos) para a corrida.
Corrida promove diversos benefícios para a nossa saúde — Foto: Unsplash/Reprodução
Fonte: G1