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Criança de 9 anos de Mato Grosso pede cadeira de rodas em cartinha ao Papai Noel dos Correios

Não fosse por um pedido inusitado, a carta do menino Kauã Paulo, 9, se assemelharia às milhares escritas por crianças e entregues aos Correios de Cuiabá e Várzea Grande. Ao invés de uma bola, boneca ou carrinho de controle remoto, ele pediu uma cadeira de rodas.

A carta, na verdade, foi escrita por sua cuidadora na Escola Municipal de Educação Básica Joana Dark. “Querido Papai Noel, meu nome é Kauã e eu sou a alegria da minha sala”, é como começa o pedido.

Diagnosticado com autismo severo desde o nascimento, a criança atualmente utiliza uma cadeira de rodas desproporcional ao seu tamanho. O objeto foi obtido pela família por meio de doação há alguns meses, mas não é considerada adequada para o seu desenvolvimento.

Conforme explicou a dona de casa Isabela Cristina da Silva, 31, mãe do pequeno, ele precisa da cadeira de rodas principalmente para ir até a escola, fazer visitas regulares ao médico e também para participar das corridas de rua que participa com a matriarca.

“Desde pequeno ele não tem cadeira. Só cadeiras dadas que já estragaram. Ficou essa daí, mas ela deixa ele todo encurvado e atrapalha a coluna dele. Fora que ela está sem freio e desregulada”, explicou.

Sem conseguir falar ou se locomover, Kauã depende da mãe para tudo. É ela quem o dá banho, troca as suas fraldas, prepara suas refeições e o alimenta. Ele passa toda a manhã e casa e às 13h vai para a escola. A cadeira de rodas é o seu único meio de locomoção.

Isabela também explicou que eventualmente o pequeno tem convulsões decorrentes da condição física. Ele toma remédios controlados e faz fisioterapia para evitar que seus membros atrofiem.

Kauã tem dificuldades de interagir com as pessoas. Ele não gosta de muito barulho e se irrita quando qualquer pessoa encosta nele. A corridas de rua foram uma alternativa que a mãe encontrou para que ele conseguisse se soltar. Depois de participar de duas corridas ao lado do pequeno, contudo, precisou desistir porque a cadeira em que o levava era inadequada.

“Nas corridas ele até consegue falar, porque fica no meio das crianças. Quero que ele possa participar das corridas e também ir para a escola. É o meu sonho. As crianças ajudam ele a melhorar. Ele era uma criança fechada, não gostava de se envolver com as pessoas. Depois que ele começou a participar que ele quis sair, participar, foi melhor pra ele”, finalizou.

Caso tenha se sensibilizado com a causa de Kauã, é possível falar com Isabela pelo número (65) 9 9243-7423. Para adotar outras cartinhas, acesse a página da campanha.

 

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