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Culpa, ressentimento, frustração com metas e correria de fim de ano: entenda se você pode estar sofrendo de dezembrite e o que fazer para aliviar

Ainda que não exista um diagnóstico formal para ela, reconhecê-la é uma forma de entendermos um fenômeno, sim, que acontece na nossa sociedade perto da virada de ano.

Diz um meme por aí que “se dezembro fosse um dia da semana, seria sexta-feira às 16:00: está todo mundo doido pra ir embora mas ainda não deu o horário.”

🫨 A sensação de esgotamento no fim do ano é comum e tem até um nome popular: dezembrite — ou síndrome do fim do mês.

Ainda que não exista um diagnóstico formal para ela, reconhecê-la é uma forma de entendermos um fenômeno, sim, que acontece na nossa sociedade perto da virada de ano, como explica Arthur Danila, coordenador do programa de mudança de hábito e estilo de vida do Instituto de Psiquiatria da USP.

“Tem sintomas que podem remontar desconfortos, culpa, ressentimento sobre situações que passaram ao longo do ano que se encerra”, explica Danila em entrevista ao podcast O Assunto desta segunda-feira (18).

“Então, as pessoas podem se ver chateadas, desgostosas, entristecidas, se sentirem culpadas por coisas que aconteceram nesse ano e que, no momento em que o ano se finaliza, que é o momento de reflexão, de questionamento, elas podem fazer esse questionamento e se ressentirem com esse passado.”

Imagem ilustrativa mostra uma pessoa com as mãos no rosto sinalizando cansaço  — Foto: Christian Erfurt/Unplash

E, para além de remoer o passado, ainda tem a preocupação com o futuro e novas cobranças, o que também pode ser preocupante. É o que Danila chama de ansiedade de performance.

“É muito comum, das pessoas que relatam esse tipo de sintoma, sintomas de ansiedade em relação a esse momento da virada de ano, [que são] coisas relacionadas ao futuro: ‘após a virada, como vai ser o início do ano? Quais vão ser as metas que vão ser trabalhadas no ano que vem?”

“Então, existe essa ansiedade de performance relacionada ao ano que se aproxima.”

Aqui, vale frisar: ansiedade é um fenômeno natural de ser humano, todo mundo tem e ela é, inclusive, importante para a nossa sobrevivência. Mas não em excesso e causando prejuízo…

“A questão é quando essa ansiedade ultrapassa um aspecto produtivo enquanto sobrevivência humana e passa a ter um impacto muito grande no dia a dia da pessoa”, explica Danila.

🤔 Mas e aí, o que fazer para aliviar os sintomas da dezembrite? Bem, o segredo não é algo tão difícil assim de desvendar…

  • Praticar atividade física;
  • Comer bem, evitando industrializados;
  • Conversas e socializar;
  • Dormir bem;
  • Controlar o estresse (que tal uma meditação ou técnicas de relaxamento por meio da respiração?)

“Adotar hábitos saudáveis é fundamental em qualquer grau de gravidade. Atividade física é uma das coisas que mais ajudam em saúde mental. E não precisa ser muito intensiva, pode ser uma caminhada, subir escada, tudo que movimente o corpo já conta favoravelmente”, exemplifica Danila.

⚠️ Mas é importante ressaltar: se o desconforto ligar um alerta vermelho e os sintomas forem além, como fome e sono em excesso ou em falta, é preciso buscar ajuda com especialistas em saúde mental, caso de psiquiatras e psicólogos, com urgência para investigar causas mais profundas e traçar um tratamento específico para o caso.

Fonte: G1

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