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Com esse calor intenso que temos vivido no país, manter o ar-condicionado ligado é um consenso entre todos. No entanto, a temperatura dele pode não ser. E a ciência explica que a base dessa disputa, comum no ambiente de trabalho, tem a ver com o gênero: mulheres sentem mais frio que os homens.
👉 Segundo endocrinologistas, isso acontece por causa do metabolismo: os homens sentem mais calor em razão da testosterona, presente em maior quantidade no corpo masculino, o que faz com que eles gerem mais energia e, com isso, tenham um corpo mais quente. (Entenda mais abaixo.)
Homens e mulheres disputam temperatura do ar e isso tem a ver com a taxa metabólica do corpo, explicam endocrinologistas — Foto: Jakub Zerdzicki/Pexels
❄️ E estudos mostram que a temperatura mais baixa pode interferir no rendimento delas no trabalho.
🔥 A onda de calor tem gerado temperaturas extremas, com picos históricos. Nesta quinta-feira (16) Brasília, Goiânia, São Paulo e Vitória podem bater o recorde de calor do ano. Na semana passada, os termômetros na capital paulista chegaram a alcançar 37,8°C. No mesmo dia, a cidade teve um pico de consumo de energia, resultado também do uso de equipamentos de ar-condicionado.
Se o ambiente de trabalho tem sido um espaço de discussão sobre o avanço das questões de gênero, a onda de calor pode abrir mais uma: a temperatura do ar-condicionado.
A discussão é tão frequente que a ciência já se propôs a analisar o caso. E descobriu não só que as mulheres precisavam de um ambiente menos frio, mas que isso também pode interferir no rendimento delas no trabalho:
A médica endocrinologista Maria Fernanda Barca, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), explica que os homens sentem mais calor que as mulheres por causa da testosterona presente em maior quantidade no corpo masculino, o que faz com que eles produzam mais energia, ficando com um corpo mais quente.
Por essa razão, elas se sentem confortáveis a uma temperatura 2,5ºC mais quente que os homens – ou seja, entre 24 e 25ºC.
🚨 Atenção: Apesar de as mulheres sentirem mais frio que homens, isso muda na época da menopausa. Nessa fase, a mulher sente as ondas de calor (fogacho), principalmente, na região da cabeça, pescoço e peito. Isso ocorre mesmo nos ambientes mais frios, mas é importante levar em consideração essa fase da mulher na discussão sobre a temperatura do ar.
No Brasil, existe uma norma que regulamenta o ambiente de trabalho, incluindo a temperatura, e que é feita pelo Ministério do Trabalho, do governo federal. Na regra, a temperatura do ar deve ficar entre entre 18°C e 25°C.
Ou seja, pela regra, esse limite é o mais confortável para as mulheres.
O professor de Medicina do Trabalho do Centro Universitário São Camilo João Silvestre da Silva Junior diz que as empresas precisam cumprir a regra estabelecida, mas que a janela entre 18°C e 25°C permite que o número seja definido levando em conta a diversidade de gênero da equipe.