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Marta: rainha do futebol atravessou gerações e mudou o rumo do esporte no Brasil

Do começo sem incentivo aos seis títulos de Melhor do Mundo da Fifa, são mais de 20 anos como jogadora.

A maior jogadora de futebol do mundo é brasileira. É a rainha do futebol, Marta. Hoje aos 37 anos, ela está na 23ª temporada como atleta e integra o elenco da Seleção Brasileira que tenta conquistar o título inédito na Copa do Mundo na Austrália e na Nova Zelândia. E enquanto tenta liderar o elenco de Pia Sundhage, briga dentro e fora de campo para mudar o status do futebol feminino no Brasil e no mundo.

Marta não se sente uma rainha – mesmo que seja, para brasileiros e para o mundo, a melhor de todos os tempos. Isso provavelmente acontece porque ela se lembra do começo no Alagoas, as dificuldades enfrentadas, e a necessidade de sair do país para continuar vivendo o sonho de jogar futebol.

“A Marta é um milagre. Uma fora de série que surgiu sem nenhum incentivo. E que teve que sair do país pra ser bem sucedida no futebol. Se ela tivesse ficado aqui, possivelmente teria desistido”, avaliou a comentarista Renata Mendonça.

Na ocasião de seu começo no esporte, Marta deu os primeiros passos no futebol profissional do Vasco em 2000. A equipe, no entanto, fechou as portas em 2002 e ela ficou sem clube. Chegou a atuar por dois anos no futebol mineiro, mas para voltar a jogar em alto nível, foi para a Suécia. Ali o mundo começou a conhecer a melhor jogadora de futebol que o Brasil já via em campo.

A primeira convocação para a Seleção Brasileira veio quando ainda estava no Vasco, em 2002. E em mais de 20 anos, disputou cinco Copas do Mundo, ganhou dois Pan-Americanos em 2003 e 2007, e duas pratas olímpicas, em Atenas-2004 e Pequim-2008. Mas tamanha relevância não a impediu de ter dificuldades. Coisas pelas quais decidiu lutar, usando seu prestígio e visibilidade para atrair holofotes e pedir por mudanças.

Desde 2018, Marta joga com chuteiras sem patrocínio. É uma forma de pedir igualdade salarial entre homens e mulheres, bem como melhorias para a modalidade.

“Eu já joguei por um par de chuteiras porque na época ainda não tinha essa condição que eu alcancei hoje de poder chegar e olhar para a minha história e ver o quanto é valiosa. E se você quer explorar minha história de maneira positiva e correta, tem que também saber que não vai ser somente por um par de chuteiras ou algum material que você vai me mandar e eu vou aceitar. Se você não se valorizar, dificilmente as pessoas vão te valorizar”, explicou a atleta.

Na Copa do Mundo de 2023, Marta tenta pela sexta vez trazer o caneco para o Brasil. Ela, que sofreu uma grave lesão no ano passado, correu risco de não estar em campo. Mas foi convocada por Pia Sundhage e está no elenco.

“O fato de ela ter tido a lesão proporcionou ao time a possibilidade de outras lideranças surgirem. E num time tão jovem como é esse, é importante demais ter jogadoras despontando na liderança”, argumentou Renata Mendonça.

E depois da última Copa do Mundo como jogadora, Marta não descarta a possibilidade de representar o Brasil em mais um Mundial de outra forma. Prova do seu amor pelo futebol feminino e pela Seleção Brasileira.

“Existem várias maneiras de você ir para uma Copa do Mundo, então, talvez não seja minha última Copa. Eu posso ir para acompanhar as meninas, posso ir para assistir aos jogos, posso de alguma maneira estar na Copa do Mundo”, brincou.

Conquistando ou não o título na Oceania, o legado de Marta é irreparável dentro e fora de campo. Mas a rainha do futebol quer ser lembrada pelos belos gols, assim como o rei Pelé.

“Pelo grande legado que Pelé deixou, que nunca vai morrer, será eterno. Tive a oportunidade de ver grandes gols de Pelé. Hoje é fácil, você vai lá, procura, e encontra obras de arte. Então espero que seja assim também”, disse a camisa 10 do Brasil.

Fonte: Por Hora 1

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