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Mensalidades de universidades particulares caem 4% e reajustes não devem ocorrer em 2021

As mensalidades no ensino superior privado do Brasil ficaram, em média, 4% mais baratas no segundo semestre. Os dados são do IBGE, envolvendo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do mês de agosto. As informações são do repórter Lucas Herrero, da Rádio Bandeirantes.

Além disso, o sindicato que representa o setor acredita que grande parte das instituições não vai reajustar o valor dos cursos para 2021.

Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, fala que não há uma orientação expressa a todas as faculdades, mas que a maioria vai levar em consideração a situação financeira de grande parte dos alunos.

“Mesmo tendo um aumento de custo – por exemplo, o ano que vem vai haver algum reajuste para professor -, vai ser difícil repassar isso nas mensalidades, porque a gente sabe que a grande maioria dos alunos foi impactada. Seja porque perdeu o emprego, suspendeu contrato de trabalho, reduziu jornada. Na verdade, as universidades têm que tentar encaixar dentro da situação financeira atual dos alunos a manutenção deles dentro de uma mensalidade que eles consigam segurar ou postergar esse pagamento”, explica Capelato.

Realidade dos alunos

José Porfírio, estudante do último semestre de jornalismo, está há seis meses desempregado e não pagava a faculdade desde abril. Se não fosse a ajuda de alguns amigos, ele seria obrigado a abandonar o curso.

“Uma amiga passou o cartão de crédito dela e eu parcelei esses quase R$ 4 mil em 12 vezes no cartão. Aí eu parcelei a rematrícula em outro cartão de crédito. Esse atual semestre eu não estou pagando, já está em atraso novamente. Eu vou pagar provavelmente só quando arrumar emprego e parcelado também, mas é bem complicado. As universidades não ajudam em absolutamente nada na hora de financiar, na hora de parcelar”, contou Porfírio.

O aluno tinha até pensado em trancar os últimos seis meses, porém a faculdade não permitiu, porque ele precisaria estar rematriculado. Assim, foi obrigado a fazer duas dívidas no cartão, que somam mais de R$ 5 mil.

Aulas presenciais

Sobre o retorno às aulas em São Paulo no dia 7 de outubro, o Semesp aponta que são poucas as universidades que devem abrir as portas ainda em 2020, principalmente as que dependem de aulas práticas e laboratoriais.

Mesmo com a demissão de muitos funcionários, o sindicato também entende que a qualidade das aulas presenciais não será afetada.

Seja por causa da capacidade das turmas, reduzida a 35% neste primeiro momento, seja pela alta taxa de evasão durante a pandemia. Com menos alunos todos os dias nas salas, seria possível equilibrar a demanda.

FonteBand.

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