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Olhante, ficante, conversante: veja lista e defina seu status de relacionamento pós Carnaval

Populares nas redes sociais, esses termos refletem a mudança no comportamento depois da internet e aplicativos de encontro. O g1 preparou guia com as expressões mais comuns.

Casal se beija durante o carnaval — Foto: Victor Moriyama/ G1

A ressaca dos quatro dias de folia foi embora. O glitter já saiu do corpo. O ano finalmente começou. Mas e se você quiser levar aquela paquera do Carnaval para apresentar para a família na Páscoa?

O dedo está coçando para ligar para aquele contatinho, mas está na dúvida? Ficou com alguém todos os dias da folia e não sabe o que vem agora? Ou passou o carnaval inteiro de olho em alguém e ainda nem rolou nada?

Definir em que pé está uma relação (ou possível relação) e para onde ela vai não é algo tão simples – especialmente depois do Carnaval. Você pode ser o olhante de alguém, o contatinho ou o falante, que tem um “status” menor de um contatinho.

❤️‍🔥 Os termos se popularizaram na internet e são um marco da mudança social nos relacionamentos e das relações humanas a partir da internet, com a expansão dos aplicativos de paquera.

Para te ajudar, o g1 preparou um guia com os termos mais comuns para definir os arranjos entre casais.

💘 Um dos jeitos mais efetivos para conseguir avançar nessa escala é tentar criar conexões mais profundas entre o casal, segundo mostrou um experimento referência na área. Confira ao final desta reportagem o Jogo do Amor, baseado no estudo, e esteja preparado para se apaixonar!

Novos nomes para o amor platônico?

A expressão amor platônico tem mais de 500 anos e parecia ter caído em desuso. No entanto, ao analisar os novos termos para as relações, o que se percebe é que ele ainda circula, mas com outros nomes: olhante e conversante.

O amor platônico acontece quando se cria uma ilusão de relação com alguém que, às vezes, não sabe que você existe. Ou alimenta uma esperança de relacionamento amoroso com uma pessoa que não quer isso com você.

Meme sobre não ter 'ficante' nem 'conversante' — Foto: Reprodução/Redes sociais

Meme sobre não ter ‘ficante’ nem ‘conversante’ — Foto: Reprodução/Redes sociais

É o que a gente vê em algumas publicações nas redes sociais:

Meme sobre pirâmide que explica os 'status' de relacionamento — Foto: Reprodução/Redes sociais

Meme sobre pirâmide que explica os ‘status’ de relacionamento — Foto: Reprodução/Redes sociais

O olhante está no papel de quem está de olho em alguém de forma romantizada, mas que não avança para outras etapas.

➡️ Sabe aquela pessoa que você vê no metrô, academia, supermercado e por quem se interessa? Você a encontra de forma corriqueira, mas não puxa um assunto, não sabe quem ela é, mas é capaz de criar uma “fic” de uma relação com ela.

➡️ Ou a pessoa que, vez ou outra, você entra nas redes dela para ver as fotos, saber como está, mas nunca manda uma mensagem? Você é o olhante dela.

🚨 Vale lembrar que o olhante não é um stalker. Vigiar e perseguir alguém é crime!

Já o conversante é um tanto quanto platônico, mas com um pé na realidade. Exclusivamente on-line, essa é aquela relação em que você pode até passar madrugadas conversando, falar de intimidades, comentar futilidades, mas a conversa não rende um encontro.

Essa categoria é quase que como a friendzone, só que para a conversa.

Meme sobre conversante — Foto: Reprodução/Redes sociais

Meme sobre conversante — Foto: Reprodução/Redes sociais

Sinais de alerta

A psiquiatra e especialista em neurociência Nina Ferreira analisa que, apesar das mudanças positivas, que permitem mais tempo para as pessoas se conhecerem, alguns comportamentos, como manter pessoas só numa zona de “conversa”, podem ser um sinal de alerta.

A pessoa está sozinha em casa, se sente carente, pouco amada e aí ela sabe que tem alguém ali para conversar com ela e trocar alguns likes, e esquece de como se sentia por algum tempo. É um tapa-buraco, como a comida e a bebida, e afasta as pessoas de sentimentos reais que precisam ser trabalhados.
— Nina Ferreira, psiquiatra

A influenciadora Bertha Salles, que fala sobre relacionamentos nas redes e está solteira há quase seis anos, diz que as categorias não garantem uma evolução até um relacionamento.

“Ficar nesses estágios ou ter pessoas assim não vai dar em nada. Acho que as pessoas mantêm isso, em geral, para dar uma alimentada no ego. Eu já fiz, mas hoje não tenho paciência. Tem uns três caras que são meus olhantes. Às vezes, mandam [símbolo de] foguinho nos stories. Eu já respondo: ‘Vai ficar mandando isso até quando? Me beijar que é bom nunca?’. Não dá, é muita perda de tempo”, diz.

A jornada ‘corporativa’ até o namoro

📊 O Brasil tem 80 milhões de pessoas solteiras, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

E quem não tem o estado civil por escolha, mas por condição precisa encarar uma jornada quase comparada à carreira corporativa. São muitos cargos, sem plano de carreira.

Apesar da fama dos aplicativos e, mais recente, do inbox do Instagram, o flerte on-line nem sempre evolui para o presencial e, consequentemente, não termina em sexo. É aí que entra o contatinho.

➡️ É a pessoa que você pode acionar quando quer sair, ter alguém por perto sem a burocracia de conhecer e conseguir fazer a pessoa sair do virtual para o presencial. A relação neste ponto é superficial, não se tem conhecimento íntimo sobre a pessoa e também não se é apresentado ao círculo de amigos, muito menos à família.

É possível que o contatinho evolua para ficante, mas não há qualquer garantia.

Quando o contatinho é promovido, ele passa a ser ficante. E nada impede também que uma pessoa que não está na lista de “elegíveis para a promoção” se torne ficante.

➡️ Nesta posição, as saídas são recorrentes e, juntos, podem fazer coisas de casal, como conhecer os amigos, fazer viagens longas juntos e até conhecer a família. O que define o quanto você conhece a outra pessoa ou o que fazem é a “hierarquia”. Neste “cargo”, a “promoção” não é automática para o namoro, mas tem uma passagem, segundo brincam internautas nas redes:

Ficante Júnior: quando não se tem acesso a pessoas do círculo íntimo e não se veem com tanta frequência.

Ficante Pleno: quando já se conhece algumas pessoas do círculo de amizades e saem em locais públicos sem tanta preocupação de serem vistos.

Ficante Sênior: aqui, vocês já fazem parte da rotina um do outro, conhecem amigos e até a família e são vistos como um casal por quem está envolta. Apesar disso, ainda são ficantes.

No “cargo de ficante”, não há um prazo máximo que determine que, depois disso, será namoro nem que ele irá acontecer.

A influenciadora Glória Maciel conta que chegou a ser ficante sênior com um homem com quem esteve por dez meses. Ela diz que foi, inclusive, apresentada para a família dele e terminou em namoro, mas não com ela. Ele apareceu depois com outra pessoa. “Evoluiu para um namoro, mas não comigo”.

A podcaster Bertha Salles conta que também passou por isso e, depois de três meses juntos, o que eles tinham não terminou em namoro.

Eles aparecem com um papo de: “ah, não, não tô pronto para namorar”. E aí algum tempo depois ele aparece namorando alguém. Ficar navegando por essas categorias é uma enrolação. Hoje, se eu vejo que vai por esse caminho, pulo fora.
— Bertha Salles, podcast

A psiquiatra Nina Ferreira explica que o risco nessas relações é o de que as pessoas se envolvam e sejam confundidas. Ou seja, uma das pessoas achar que está namorando sozinha. Para isso, ela alerta que é preciso se conhecer e respeitar os próprios sentimentos.

“Se você quer um namoro e vê que a relação não evolui, a sua decisão precisa valer mais e você não pode se submeter ao desejo do outro. Se você está dando todos os sinais de confiança e de envolvimento e o outro não, não vale a pena. Tentar é importante, mas é preciso se conhecer para fazer valer os próprios sentimentos. Isso evita maiores dores”, explica Nina Ferreira.

Meme sobre sentir ciúmes de conversante — Foto: Reprodução/Redes sociais

Meme sobre sentir ciúmes de conversante — Foto: Reprodução/Redes sociais

Fonte: G1

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