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Produtos para mulheres fazerem xixi em pé funcionam? g1 testa 3 funis urinários

A ideia é serem uma alternativa para a pessoa não precisar se sentar no vaso de banheiros públicos ou químicos. Spoiler: não é fácil usar logo de primeira.

Carnaval chegando… e um dos dramas das foliãs é encarar banheiros públicos ou químicos no trajeto dos blocos. O funil urinário – também chamado de condutor urinário e até de urinol – é um acessório criado para que mulheres possam se aliviar sem encostar no vaso sanitário. Ou seja, fazerem xixi em pé.

O modo de uso é simples: a pessoa fica de frente para a privada e posiciona o funil junto da virilha, com o bico apontado para dentro do vaso. Mas é prático? É higiênico? Não faz sujeira?

Para responder a essas dúvidas, o Guia de Compras testou três modelos, dois do tipo reutilizável, que dá para lavar depois do uso, e um descartável, que é de papel, de duas marcas disponíveis em grandes lojas on-line.

⚠️ Um spoiler: não é fácil usar logo de primeira, viu? Vale a pena “treinar” em casa primeiro…

Os produtos avaliados foram:

No teste, foram considerados custo-benefício, conforto, higienização após o uso e o quão fácil é o transporte do acessório.

Os modelos reutilizáveis custavam entre R$ 50 e R$ 60 quando pesquisados nas lojas, no final de janeiro. O pacote com três unidades descartáveis custava, em média, R$ 8.

O condutor urinário da Fleurity é feito de um material emborrachado e flexível, que lembra o silicone de um copinho menstrual.

Ele tem cerca de 15 cm de comprimento, sendo menor que o modelo da Pipizito, e vem com um saquinho impermeável para o transporte.

Uriny ao lado do saquinho impermeável que o acompanha. — Foto: Laís Ribeiro

Uriny ao lado do saquinho impermeável que o acompanha. — Foto: Laís Ribeiro

Tanto o tamanho quanto o material fazem do funil um acessório portátil, pois ele pode ser dobrado. Fica fácil de guardar em qualquer bolsa e chega até a caber na pochete ou no bolso da calça.

Em questão de conforto, foi o que se saiu melhor, graças à maciez do emborrachado. Por outro lado, também aparenta entortar com facilidade: o modelo comprado para o teste já veio com uma pequena deformação no “bico”. Veja na foto abaixo:

O condutor da Fleurity veio com uma leve deformação no material emborrachado. — Foto: Laís Ribeiro

O condutor da Fleurity veio com uma leve deformação no material emborrachado. — Foto: Laís Ribeiro

Ele é também o mais caro, encontrado por R$ 60 nas lojas da internet em janeiro, e o único a apresentar garantia, de 1 ano.

O modelo reutilizável da Pipizito é feito em plástico rígido e é o mais comprido entre os três, medindo 21 cm. O comprimento extra ajudou a mirar melhor e evitar respingos na parte de fora do vaso.

Para deixar o produto mais portátil, a marca optou por fazer um modelo com duas partes encaixáveis, como na foto abaixo.

O Pipizito reutilizável deve ser encaixado antes do uso e desencaixado para guardar. — Foto: Laís Ribeiro

O Pipizito reutilizável deve ser encaixado antes do uso e desencaixado para guardar. — Foto: Laís Ribeiro

Essas duas seções devem ser unidas na hora de usar e depois separadas para guardar no estojo que vem junto, também em plástico rígido. A etapa extra de montar o funil deixa a coisa toda menos prática que nos outros modelos e, mesmo dentro do estojo, o material mais duro significa que você não vai conseguir guardar ele no bolso.

Em janeiro, o preço desse produto era R$ 50 nas principais lojas on-line.

A versão descartável do funil foi, de longe, a mais prática do teste. O produto é feito em papel biodegradável e vem dentro de um pacotinho, já pronto para o transporte. Após o uso, não é preciso limpar: basta descartar na lata do lixo.

Ele não vem pronto para uso dentro do pacote; a marca ensina como desdobrar e dobrar em 4 passos para chegar à posição correta – é quase um origami rápido. No fim, ele fica com o mesmo tamanho que o Pipizito reutilizável, cerca de 20 cm.

Veja, na foto abaixo, o modelo já dobrado e lado a lado com os outros condutores:

Da esquerda para a direita: Pipizito descartável, Pipizito reutilizável e Uriny reutilizável. — Foto: Laís Ribeiro

Da esquerda para a direita: Pipizito descartável, Pipizito reutilizável e Uriny reutilizável. — Foto: Laís Ribeiro

O preço da embalagem com três unidades nas lojas on-line era, em janeiro, um pouco menor que R$ 8, uma grande diferença em relação aos modelos reutilizáveis. Para quem pretende usar uma vez só, é a escolha ideal.

O problema fica no longo prazo: para quem gosta do produto e decide criar o hábito de usá-lo, o descartável perde a vantagem do custo-benefício. No quesito sustentabilidade, o modelo também deixa de ser desejável para uso contínuo.

Sua outra desvantagem é a fragilidade do papel, que pode começar a desmanchar caso a bexiga esteja muito cheia e o xixi se alongar por muito tempo.

Conclusão

A ADAPTAÇÃO NÃO É IMEDIATA: a primeira vez que você usa um funil urinário pode ser bem difícil, já que o corpo está acostumado a sentar no vaso para fazer xixi. A sensação é de que algo vai dar errado e o líquido vai vazar, escorrer e fazer a maior sujeira no banheiro.

“Comprei o reutilizável e é muito bom – quando dá certo. Mas tive muita dificuldade de me adaptar”, conta Deborah Carvalho, que é geógrafa e frequenta trilhas e estradas onde a infraestrutura dos banheiros não é ideal.

“Eu não conseguia relaxar para fazer xixi em pé, ficava muito tensa. Tinha hora que funcionava e hora que não”, diz Carvalho. “Se a pessoa não tem tanto domínio do corpo, pode precisar de um treino, tem que pegar o jeito”.

Mas, no fim, o produto cumpre sua função e não causa sujeira nenhuma – a não ser que sua mira não seja das melhores, o que pode ser resolvido se você tirar um tempo para treinar antes de sair de casa.

Banheiro químico em bloco de Carnaval em Ribeirão Preto (SP) — Foto: Pedro Martins/G1

Banheiro químico em bloco de Carnaval em Ribeirão Preto (SP) — Foto: Pedro Martins/G1

TAMANHO FAZ DIFERENÇA? A impressão inicial era que o modelo mais comprido – o da Pipizito – daria maior conforto na hora do xixi.

Ele realmente permite que você fique a uma distância maior do vaso e facilita na hora de mirar, mas não foi uma grande vantagem no decorrer do teste.

REUTILIZÁVEL OU DESCARTÁVEL? Os modelos descartáveis têm preços mais em conta e são mais práticos, mas também são mais frágeis. Já os reutilizáveis são mais caros, mas duram por muito tempo.

A escolha final vai depender do seu objetivo ao usar o produto. Se for uma ocasião isolada, como ir em um show de música uma vez ao ano, o descartável pode ser a melhor opção.

Quem viaja de ônibus ou avião com frequência e quer deixar a ida ao banheiro mais confortável, vale mais a pena apostar no reutilizável.

“Se eu tiver que usar um banheiro químico, que seja pelo menor tempo possível, e o funil ajuda muito nisso”, diz a psicóloga Beatriz Oliveira, que utiliza esse tipo de produto há alguns anos. Oliveira acredita que o acessório funciona bem – especialmente em banheiros químicos –, mas que ambos os tipos têm suas limitações.

“O descartável fica muito mole quando eu vou fazer um xixi longo. Ele amolece justamente na parte que encaixa na virilha”, conta. “O que não gosto nos reutilizáveis é que ocupam muito espaço, fora que, muitas vezes, você tem que guardar ele sujo”, completa.

É PRA LAVAR NA PIA? Os modelos reutilizáveis devem sempre ser limpos com água e sabão neutro após o uso. Mas não dá para usar a pia para isso — mesmo nos locais públicos — porque é onde se lava mãos e boca.

Quando estiver fora de casa, a sugestão é levar uma garrafinha d’água e despejar um pouco do conteúdo dentro do produto, para que a água escorra na direção ao vaso. Outra opção é secar com papel higiênico para, então, guardar e lavar em casa depois.

Se nenhuma dessas opções estiverem disponíveis, dá para guardar o funil no saco/estojo – que é impermeável. Para esterilizar sem deixar dúvidas, as marcas indicam usar álcool no produto.

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Fonte: G1

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