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‘Sertanejo bruto’, música de novela e separação após depressão: quem era João Carreiro

Cantor morreu na noite desta quarta-feira (3), depois de passar por uma cirurgia no coração. Ele tinha 41 anos.

João Carreiro, um dos precursores do “sertanejo bruto”, morreu nesta quarta-feira (3), aos 41 anos, em Campo Grande. O cantor tinha passado por uma cirurgia para colocar uma válvula no coração, mas não resistiu.

Durante sua carreira, o artista buscou resgatar o som do sertanejo mais tradicional, com músicas autoriais, ao lado da dupla Capataz. Ao longo da trajetória, falou sobre depressão e problemas de saúde mental que enfrentou.

João Carreiro começou sua trajetória musical cantando em bares e festas universitárias na sua cidade natal, Cuiabá (MT). Seu nome artístico é uma homenagem a Tião Carreiro (1934-1993) e, assim como seu ídolo, o cantor levou a viola caipira e o sertanejo raiz para os palcos e álbuns, mantendo a moda de viola viva mesmo em tempos de domínio do sertanejo universitário.

João Carreiro pausou a carreira para falar de saúde mental — Foto: Reprodução/Instagram

João Carreiro pausou a carreira para falar de saúde mental — Foto: Reprodução/Instagram

O artista despontou mais tarde ao formar dupla com Hilton Cesar Serafim, o Capataz, com quem lançou álbuns como “Bão tamém”, “Diga que valeu” e “2009”, que os colocaram no circuito nacional.

Esse disco tem músicas como “Faculdade da Pinga”, “Descartável”, “Eu só Sei te Amar” e “Ói Nóis Traveis”, de sua autoria. Com o trabalho, eles foram responsáveis por apresentar o estilo “sertanejo bruto”, com músicas calcadas no romantismo moderno, marcadas pela voz grave dos cantores e por vezes com o som da viola caipira.

O sucesso “Bruto rústico e sistemático”, cantado ao lado de Jadson, foi trilha da novela “Paraíso”, da TV Globo. Eles também tiveram a música “Xique Bacanizado” na novela “Araguaia”, de 2011.

No projeto “Lado A, Lado B”, de 2011, a dupla voltou às raízes ao apresentar 21 músicas do sertanejo tradicional, sendo 15 delas inéditas. O disco contava com a “O que essa Moça fez aqui” e “É pra cabá”, dois dos maiores sucessos da dupla. A continuação do projeto veio com com o trabalho “Lado B”, com outras 18 músicas do cantor.

João Carreiro e Capataz. — Foto: Flavio Moraes / G1

João Carreiro e Capataz. — Foto: Flavio Moraes / G1

A parceria com Capataz foi rompida em 2013, quando Carreiro se afastou dos palcos por problemas de saúde mental. Ele revelou que enfrentava uma depressão e sintomas de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

João retomou a carreira em 2015, decidindo pelo trabalho solo. Em 2018, gravou o projeto “Brutos de verdade – Jads & Jadson e João Carreiro – O encontro mais bruto da música sertaneja!”.

No ano passado, ele participou do “Fazendinha Sessions #3”, com Ana Castela, Hungria, LP, Us Agroboy, Felipe Amorim e DJ Chris no Beat.

Ele fez sua última apresentação na noite do dia 31 de dezembro, em Pedra Preta (MT). Carreiro estava internado em um hospital em Campo Grande para colocar uma válvula no coração. O artista passou pela cirurgia nesta quarta-feira (3).

A morte foi confirmada pela assessoria de imprensa do cantor. O velório FOI realizado na Câmara Municipal de Campo Grande.

Fonte: G1

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